Nélio Silveira Dias nasceu em
Natal (RN), no dia 22 de janeiro de 1945,
filho de Epifânio Dias Fernandes e Alda Silveira Dias.
Com formação em administração de empresas e gerência
empresarial, antes de ingressar na carreira política atuou
nos ramos empresarial e jurídico. Entre 1968 e
1970 dirigiu o Clube dos Diretores
Lojistas, em Natal. Nos anos 1970 e 1980 dirigiu empresas do
setor de tecidos e confecções. No ano de 1985 passou a
atuar como juiz classista no Tribunal Regional do
Trabalho (TRT), em João Pessoa, permanecendo no cargo até
1988. Em paralelo a essa atividade, atuou
como diretor da Associação dos Juízes Classistas da Terceira Região
(AJUCLA), na capital paraibana e, em Natal,
foi Vice-Presidente da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores
(ANORC) entre 1985 e 1989. No ano de 1992 passou
a integrar o quadro do Tribunal de Contas do Rio Grande do
Norte, onde assumiu os cargos de Vice-Presidente (1992-1994),
Presidente (1994-1996), Corregedor (1996-1998) e Presidente da
Primeira Câmara (1998-1999). Em 1999 passou a presidir
Associação Brasileira Criadores de Caprinos (ABCC). No mesmo
ano assumiu seu primeiro cargo político, ao
aceitar o convite do então governador capixaba Garibaldi Alves Filho
(1999-2002), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro
(PMDB), para chefiar a Secretaria de Estado da
Agricultura. No decorrer de 2001, ano em que se filiou ao Partido
Progressista Brasileiro (PPB), tornou-se Presidente da Comissão Nacional de
Caprinocultura da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil.
Nas eleições gerais de
outubro de 2002, candidatou-se a deputado federal
e obteve 79.399 votos, que lhe garantiram a oitava posição entre os
parlamentares potiguares eleitos para a Câmara dos Deputados. Tomou
posse em fevereiro de 2003, mesmo ano em
que se filiou ao Partido Progressista (PP), do qual tornou-se
vice-lider em março. Entre outubro de 2003
e março de 2004 atuou como membro da comissão especial para
proposta de emenda constitucional (PEC) sobre quadro temporário do
servidor público.
No decorrer de 2005,
quando da escolha dos membros para as comissões da Câmara dos Deputados,
tornou-se titular da comissão permanente de Agricultura, Pecuária, Abastecimento
e Desenvolvimento Rural. Em março de 2006 passou a integrar a
comissão permanente de Desenvolvimento Urbano e Interior. No mês de maio
assumiu a presidência nacional do Partido Progressista, em decorrência do
pedido de licença do então presidente, deputado Pedro Correa (PE),
envolvido em denúncias sobre
o chamado “mensalão”, grave crise
política desencadeada em junho de 2005, após denúncias do deputado
Roberto Jefferson (PTB-RJ) de que haveria um esquema de compra de votos de
parlamentares da base aliada do governo pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
Em julho de 2006 teve
seu nome incluído na lista dos congressistas acusados de integrar a “máfia dos
sanguessugas”, grupo que incluía parlamentares acusados de criar emendas
destinadas à compra superfaturada de ambulâncias, entre os anos de 2002 e 2003.
Nessa ocasião, constou na lista de deputados investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que
investigou o episódio. Em agosto, foi considerado inocente pela CPI, assim como
outros 17 deputados que tiveram seus nomes retirados das
investigações por falta de evidências que provassem sua participação nas
irregularidades.
Nas eleições gerais
de outubro de 2006, candidatou-se novamente
ao Congresso Nacional, sendo reeleito deputado federal
com 93.245 votos. Tomou
posse na Câmara em fevereiro de 2007. Em abril, durante a
convenção nacional do PP, foi mantido presidente nacional
do partido.
Casou-se com Nadja Maria Maciel Dias e teve dois filhos. Faleceu em decorrência
do câncer, no dia 20 de julho de 2007, em São Paulo.
Luciana
Pinheiro